Incluir e não excluir: Festival de Cinema Acessível Kids promete ser inovador
- Gabriela Menossi
- 13 de set. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de nov. de 2023
Por: Gabriela Mazzone Menossi São Paulo, 13.09.2023
Desde 2017, o evento visa atingir milhares de juvenis com e sem deficiência, e, agora, o Festival de Cinema embarca nas cidades de Florianópolis, Recife e Rio de Janeiro.

Por: Sugestão Pauta
O Festival de Cinema Acessível Kids, segundo o UFRGS, foi selecionado para fazer parte do Criança Esperança 2023, aproveitando a oportunidade para ampliar seu impacto social e cultural nas cidades, abrangendo tanto jovens como adultos, com e sem deficiência. Desde 2017, esse projeto tem proporcionado acesso ao mundo público do cinema infanto-juvenil, e, agora, está expandindo suas fronteiras além do Rio Grande do Sul.
O Festival de Cinema Acessível oferece uma seleção de filmes de sucesso, que, conforme a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, reúnem três tecnologias de acessibilidade: Audiodescrição, Janela de Libras e Legenda Descritiva, todas disponíveis nos espaços. O evento é gratuito e pretende aproximar pessoas com deficiência visual, auditiva e intelectual, do universo cinematográfico.
O primeiro festival aconteceu em 2015, em Porto Alegre, e permitiu que pessoas com deficiência visual e auditiva assistissem a filmes nacionais com audiodescrição, narração em Libras e legendas descritivas. O sucesso do evento o levou a se expandir pelo interior do estado, “atingindo mais de 2,7 mil espectadores em todo o Rio Grande do Sul. Foram exibidos clássicos do cinema brasileiro como: Dois Filhos de Francisco, O Homem que Copiava, O Palhaço, O Tempo e o Vento, entre outros.”
Esta iniciativa de juntar diversos públicos pode ser um grande passo na jornada das pessoas com deficiência. A UFRGS afirma que eventos como o festival, que focam em PcDs, são raros. Conforme a Folha de São Paulo, “raras são as apresentações que oferecem Libras ou que tenham preocupações com legendas e audiodescrição que amplia o sentido do que está sendo exibido em palavras, a tecnologia que torna isso prático e usual já existe, assim como a lei. Falta ação.”
O espaço do Festival de Cinema Acessível Kids, oferece “a descrição dos elementos visuais e ações do filme, para pessoas cegas ou com baixa visão. Já na acessibilidade auditiva, o projeto conta com legendas e sistemas de amplificação de som. Além disso, o espaço do festival deve ser projetado de forma acessível às pessoas com deficiência física, incluindo rampas, elevadores e assentos apropriados.” Pontua a UFRGS.
Sid Schirmes, Produtor Cinematográfico, em entrevista a Paulo Acrísio, repórter na TV Senado, conta que em 2009, começou a escrever projetos para tornar filmes acessíveis e que desde aquela época, Sid tem uma empresa, na qual, trabalha com acessibilidade e conteúdo audiovisual, ele finaliza, “desde lá, eu não consegui parar”.
Segundo Humberto Formiga, Núcleo de Ações Socioambientais do Senado, em entrevista a Paulo, Humberto explicou que no Congresso existem três eixos fundamentais, acessibilidade, inclusão de gênero e raça e a preservação do meio ambiente. “Esses três eixos fundamentam a nossa política de responsabilidade social há mais de 30 anos, e, nós hoje estamos implementando e evoluindo nessas ações.”
Paulo Acrísio disse que na formação de educadores inclusivos, os professores ensinam replicando a cultura do outro em uma cultura de paz, a partir do uso da linguagem não violenta, para pais e crianças.
Datas do Festival de Cinema Acessível em suas respectivas cidades:
Brasília – 12 e 13 de setembro
Recife - 9 a 11 de outubro
Florianópolis – 23 a 25 de outubro
Rio de Janeiro – 6 a 10 de novembro
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